Instituto Senai de Inovação / Plataforma Inovação para indústria - BIOPOLIX

A Biopolix, com o apoio do ISI conseguiu desenvolver o biopellet de fonte renovável e biodegradável para uso específico em superfícies flexíveis;
Introdução

A startup Biopolix tinha o projeto “Biopellets nanoestruturados para plásticos biodegradáveis” que ao realizar parceria junto ao SENAI possibilitou o desenvolvimento do Biox001, uma matéria prima para bioplásticos biodegradáveis. O principal avanço da empresa reside na contribuição para combater a poluição plástica, problema global com sérias implicações para a saúde humana, inclusive com a presença de microplásticos na corrente sanguínea. 

Com os resultados positivos na obtenção dessa matéria prima para os plásticos biodegradáveis, os biopellets, a startup buscou parcerias com as grandes indústrias produtoras de plásticos, que ainda não são 100% biodegradáveis. Diante das negativas, compreenderam que o caminho era dominar a aplicação da biorresina. Além de filmes flexíveis, investiram em um projeto EMBRAPII junto ao SENAI Mario Amato, com participação dos ISI Polímeros e ISI Alimentos e desenvolveram um produto muito comum na praticidade do dia a dia:  os talheres de plástico.  

O objetivo da empresa foi desenvolver um bioplástico biodegradável em apenas 6 meses, em contraste com os 400 anos do plástico tradicional. 

Comercialmente, além das colheres de sobremesa desenvolvidas, a empresa também investe em projetos de melhoria para a a resistência de seus plásticos biodegradáveis para embalagens plásticas, aplicação em capas descartáveis, cabides e outras aplicações. Isso tudo porque a matéria prima desenvolvida se provou aplicável em processo de injeção e extrusão, o que resulta em plásticos rígidos e flexíveis.  

Marcos regulatórios no mundo inteiro já começam a tratar do desafio das embalagens, artigo altamente poluidor por sua presença massiva no mercado, especialmente a partir da expansão do e-commerce global. 

A empresa continua a aprimorar sua tecnologia para atingir uma produção escalável e suas sócias buscam inovações inclusive tendo visitado a Finlândia, referência no assunto. 

A empresa aprendeu que não se faz nada sozinho e é importante buscar o suporte certo. Há que se procurar o lugar certo para se desenvolver e enxergar a comunicação com o mercado. A origem na academia permite fazer uma pesquisa excelente, mas é fundamental ter uma visão de que como tudo isso se transforma num modelo de negócio. Compreender o mercado e comunicar de forma eficaz são pressupostos para obter resultado. 

O mercado está sempre sinalizando aquilo que necessita. É preciso aprender a ler esses sinais. 

Sem o instrumento Instituto Senai de Inovação (ISI) em Engenharia de Polímeros não haveria, de fato, a empresa, já que o custo da pesquisa e do desenvolvimento estariam muito acima das condições das pesquisadoras. 

A empresa

A Biopolix desenvolve soluções biotecnológicas para redução da poluição no meio-ambiente com o uso de bioplásticos, além de biomateriais biocompatíveis e biodegradáveis para as áreas da saúde, alimentos e agronegócio. Fundada em 2016 com a missão de gerar uma solução biotecnológica para promover a sustentabilidade, atualmente a Biopolix está residente na incubadora Supera Parque de Inovação e Tecnologia, de Ribeirão Preto. A Supera faz parte do Top 20 de melhores incubadoras universitárias do mundo pelo UBI Global (World Rankings 2019/2020)  

A criação da Biopolix é resultado do desejo das fundadoras em produzir em grande escala um biomaterial para substituir o plástico convencional. Este desejo, combinado com 25 anos de pesquisa acadêmica na área de bioplásticos e novos materiais biodegradáveis da sócia-fundadora são os diferenciais da Biopolix. 

A empresa, desenvolveu ao longo dos últimos sete anos um método inovador para produzir bioplástico com o conhecimento da sócia fundadora que possui extensa experiência de biopolímeros e biomateriais.  A conquista do Edital de Inovação para a Indústria do ISI Polímeros no RS em final de 2016 representou o primeiro grande desafio como uma startup formalizada. 

Solução

O bioplástico é comumente sugerido como uma alternativa ao plástico convencional. Atualmente, 359 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano, segundo dados do European Bioplastics, sendo que apenas 1% são bioplásticos que são biodegradáveis. 

Bem no início da jornada a empresa buscou abrigo no Senai, mas esse primeiro projeto não evoluiu na sua aprovação. O recurso prospectado era para desenvolver o grânulo e não havia ainda entre as pesquisadoras a consciência das possibilidades que a pesquisa e o desenvolvimento trariam num futuro breve. 

Quando a empresa considerou a adesão ao instrumento do Instituto Senai de Inovação (ISI) em Engenharia de Polímeros estava ainda em estágios iniciais da implantação do CNPJ, que foi registrado em abril de 2016. No entanto, ainda não havia entre os pesquisadores fundadores plena consciência das possibilidades disponíveis para o desenvolvimento de tecnologia para enfrentar esse cenário.  

Erros foram cometidos no início do projeto, como a busca de fomento para desenvolver a Biopolix quando, na verdade, precisava de recursos para usar equipamentos de terceiros. As sócias investiram todo seu capital próprio, cerca de 1,2 milhões, para sustentar o projeto ao longo de sete anos, até terem três produtos desenvolvidos e prontos para comercialização.  

A Biopolix se estruturou para desenvolver biomateriais como biorresinas para bioplásticos de uso único, bioadesivos com princípios ativos e biopolímeros modificados para a indústria farmacêutica, alimentícia e o agronegócio. O grande diferencial da Biox001 é que a indústria transformadora de plástico convencional pode utilizar esse biomaterial para produzir bioplástico sem a necessidade de atualização do maquinário. 

O projeto Biox na sua primeira fase permitiu à empresa diversificar resinas para diferentes aplicações, inicialmente focando em biopellets biodegradáveis para filmes flexíveis. Foram, então, iniciados os pedidos de patentes com a colaboração técnica do Senai. 

A utilização da Biox001 na produção de bioplásticos comprovou que é possível a escala industrial. Em 2019, a Biopolix conseguiu produzir a biorresina através do processo de extrusão, o que atraiu indústrias automotivas em busca desse produto potencial. O projeto foi aprovado tecnicamente, mas não houve investimento.  

Nesse contexto mudanças ocorreram na organização nascente. O número de denominações de produtos foi incrementado e foram concedidas as patentes nacionais e internacionais. 

Novos modelos de negócio foram explorados, como licenciamento da biorresina e aplicação em produtos descartáveis e se aproximaram de escritórios de contabilidade e de propriedade industrial para expansão internacional. 

O acesso ao maquinário do ISI e o financiamento de bolsistas pelo CNPQ foi fundamental. Os novos pesquisadores agregaram expressiva contribuição com seus conhecimentos. Hoje, a equipe, além das pesquisadoras sócias, inclui dois bolsistas de biotecnologia com doutorado. 

Resultados

A Biopolix, com o apoio do ISI conseguiu desenvolver o biopellet de fonte renovável e biodegradável para uso específico em superfícies flexíveis. A patente internacional e as patentes nacionais abriram a possibilidade de ter outros produtos, e a nova etapa projetada para o Biox abre a possibilidade de colocar os produtos em novos mercados, como as colheres para sorvete que já foram testadas e aprovadas.  

Para isso estão sendo projetados e formalizados dois modelos e negócio para a Biopolix atender e ampliar seus laços com o mercado: um modelo de negócio para o licenciamento da biorresina e outro para aplicação da biorresina em produtos descartáveis que podem ser licenciados. 

Para dar conta desse novo cenário tanto o escritório de contabilidade quanto o de propriedade industrial são importantes aliados para a empresa ingressar na fase internacional. Na agenda também está o ingresso de duas especialistas, que se somarão ao núcleo de inteligência da Biopolix. 

Como materialização dos resultados nesse período podem ser citados o sucesso da empresa na concepção de biopellets biodegradáveis, a obtenção de patentes nacionais e internacionais e a exploração de novos produtos como biorresinas personalizadas. Além, do preparo para enfrentar os mercados internacionais. 

Início do projeto2016
Conclusão do projeto2019
Porte da empresaStartups
EstadoRS
Área de atuaçãoBiotecnologia
Nome do projetoDesenvolvimento da Biopellets nanoestruturados para plásticos biodegradáveis
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